No dia seguinte de
minha apresentação no asilo, numa quinta-feira, ao entrar no bar para tomar meu
café, estava à porta um mendigo. Eu já o tinha visto por lá, diferente de
outros que perambulavam pelo centro, ele tinha um comportamento distinto. Chamava-me
atenção sua postura ereta, com um olhar mostrando uma dignidade que destoava de
suas roupas sujas e ausência de higiene.
Ele não gritava
para o mundo, como outros sem-teto e cachaceiros, não havia nele um ódio
generalizado contra o mundo declarado por palavrões descabidos lançados a esmo.
Estava sempre quieto, até percebia-se um monólogo mudo em seus lábios, típico
dos insanos, a voz de uma consciência fora da realidade delatando segredos que
já não interessavam a ninguém, mas mesmo isso ele fazia com discrição.
Estranho era que eu
já tinha notado sua presença em outros lugares da cidade, mas nunca caminhando,
estava encostado em alguma parede, ou num balcão, tomando bebida que lhe era
oferecida de graça, sempre estático, como se nunca tivesse saído do lugar.
- Raimundo, esse
mendigo aí fora, é diferente – perguntei eu ao meu amigo enquanto ele ligava a
boca do fogão para esquentar a água e o pó de café. O café naquele bar era
feito assim, a água e o pó eram esquentados juntos, depois eram coados
diretamente no copo, preferência da maioria, no lugar da xícara.
- Ele era garçom –
respondeu-me Rai.
- Como assim? –
perguntei sem entender o que ele dizia.
- O Badaró chegou a
trabalhar com ele – disse-me Raimundo sereno, sem tirar os olhos da água que
começava a ferver, não podia ferver muito, senão queimava o café e o gosto
ficava ruim.
Badaró era um
garçom bem velhinho, uma figura folclórica do bar, amado por todos, que nos
tratava pelo nome, sempre com muita educação. Ele chegava primeiro que todos os
outros funcionários, e era o último a sair, um homem fisicamente frágil, mas
firme no propósito de continuar produtivo. Era o tipo que não podia parar de
trabalhar, se fizesse isso, morreria.
- Garçom? Como
terminou assim? – eu perguntei.
- Badaró diz que
ele foi ficando maluco aos poucos – respondeu-me enquanto pegava o coador limpo
com a mão esquerda, sem tirar a direita da panela no fogão.
- Maluco? Ele era
violento? – disse assustado.
- Ao contrário, foi
se tornando mais e mais manso. No começo achavam que ele estava perdendo a
audição, já que às vezes não respondia quando era chamado, e foi piorando. Vinha
trabalhar, mas travava, permanecia calado e imóvel nos cantos, começou a se
atrasar, a não usar uniforme, até que tiveram que mandá-lo embora. Então não
voltou mais pra casa, ficou nas ruas. Ele sempre vem aqui, fica do lado de
fora, como está agora, parece que quer dizer alguma coisa, mas não consegue –
explicou-me Rai virando a panela com a água e o pó sobre o coador, eu já tinha
um copo embaixo, com açúcar.
- A gente sempre
acha que louco é escandaloso, perigoso, ele é tranquilo – eu disse, misturando
o café e o açúcar com uma colher de plástico.
- Dante é o nome
dele. Era casado, mas a esposa o abandonou depois que ficou desse jeito, ou foi
ele que ficou assim porque ela o abandonou, não sei direito. Ele não tem parentes
na cidade, é um solitário – disse Raimundo, coando o resto do café num bule que
ficava em banho-maria em outra boca do fogão. Esse era o café servido aos que
se sentavam às mesas, nós, que permanecíamos em pé, encostados ao balcão,
tínhamos direito ao café mais novo, coado na hora.
Loucura, não aquela
deficiência social ou intelectual, como autismo e síndrome de Down, com a qual
a pessoa nasce, mas aquela que se adquire aos poucos, que vai distanciando
vagarosamente a pessoa do convívio com a realidade chamada pela maioria das
pessoas de normal. Será que alguém assim, sofre?
O rosto fica
plastificado, perde a faculdade de se expressar, não ri, não chora, não se
incomoda com nada, eu queria ser assim, não me incomodar com nada. Minhas
inseguranças viam inimigos durante todo o tempo, criavam confrontos com o mundo,
com gente que nem percebia que eu existia. Meu remédio era a música, escapava
na harmonia dos sons, tensões que sempre se resolvem, queria que a vida fosse desse
jeito, uma balada de piano.
Enquanto eu olhava
para Dante, chegou ao bar um senhor, deve ter ouvido parte da conversa. Dr.
Geraldo era clínico geral, famoso na cidade, frequentador antigo do bar.
- Raimundo, me vê
um café.
- Expresso? –
perguntou Rai.
- Não, do coador. O
Dante era casado, com uma mulher de família rica, que deixou tudo pra ficar com
ele. O tempo mostrou que o amor não era suficiente para suportar a vida simples
que ele podia oferecer. Certo da cabeça ele nunca foi, sempre foi meio passado.
Ela até que tentou levá-lo a um psiquiatra, mas naquele tempo transtornos
psicológicos se resolviam com lítio e internação, e isso sofrendo muito preconceito.
Ele acabou assim, só.
- Todos nós
desligamos de vez em quando – resmunguei alto.
- Mas conseguimos
voltar à realidade – disse o doutor.
- Juro que tento
não voltar, mas não consigo – respondi com um riso sarcástico no rosto.
- Existem muito
mais loucos andando entre a gente, trabalhando, casando-se, criando filhos, do
que a gente imagina – constatou Geraldo com uma convicção profissional.
- Maluco é maluco, fica
xingando os outros, não trabalha – concluiu Rai enquanto lavava o coador.
Eu tomava em
pequenos goles o líquido quente e saboroso. A cafeína fazia efeito em meu
organismo, provava a excitação curta, porém deliciosa que o café sempre me deu,
queria que esse sentimento durasse para sempre, eram minutos únicos, nem na
morte, eu pensava.
- Não é bem assim,
muitos doentes até conseguem viver na sociedade, mas não são normais,
prejudicam-se a si mesmos e aos outros, enquanto os próximos, por ignorância ou
por medo, não tomam atitude – disse Geraldo.
- Depressão é
loucura? – perguntei.
- Existem pessoas
que ficam depressivas com facilidade, são assim por toda a vida, existem pessoas
que se tornam depressivas após traumas ou períodos de estresse, outras ainda,
por terem outros transtornos emocionais, possuem mais facilidade mais ficarem
deprimidas. De um jeito ou de outro, depressão é um estado de desistência, de
falta de motivação, levado pelo cansaço, não físico, mas emocional –
diagnosticou o médico.
- Tem gente que
sofre a vida toda e não entra em depressão – eu disse, incrédulo.
- Sim, e tem gente
que fica deprimido por qualquer coisa – respondeu Geraldo.
- Pra mim isso é frescura,
coisa de gente que não tem o que fazer, café é o melhor remédio pra isso,
trabalhar na colheita dele – riu Raimundo em sua sabedoria popular.
- Mas mesmo a
frescura, uma mentira, pode levar à depressão real. A diferença entre a verdade
é a mentira é o tempo em que se acredita nela, uma mentira acreditada por muito
tempo passa a ser verdade, pelo menos na cabeça do mentiroso – filosofou o
médico.
- Isso é muito
complicado – desacreditei eu.
- E muito comum, –
respondeu Geraldo – mas depressão é um lado das enfermidades que podem se
instalar na cabeça das pessoas, o outro lado é a ansiedade sem limites, que ao
invés de amarar a pessoas, ativa-as exageradamente. Continua sendo algo sem
controle, mas o que é melhor, não ter motivos ou ter todos os motivos ao mesmo
tempo?
- Esse nunca foi
meu problema – respondi.
- Tem gente que tem
os dois problemas em momentos diferentes, é o bipolar, que reveza fazes de
depressão com fazes de manias, daí maníaco-depressivo ser o outro nome dado
para aquele que tem transtorno bipolar – disse o doutor.
- Maníaco, parece
coisa de tarado – sorriu Rai.
- Também pode ser,
mas é, por exemplo, aquela mulher que quando se sente angustiada vai ao
shopping e ultrapassa o limite do cartão de crédito comprando sapatos que não
precisa e que muitas vezes nem chegar a usar – respondeu Geraldo.
O bar estava
praticamente vazio, passava das quinze horas, enquanto eu conversava com o
médio, Rai foi para o fundo, aproveitando o momento, para almoçar.
- Então depressão
não é loucura? – conclui questionando.
- Depende, na
verdade a linha divisória entre sanidade e insanidade é tênue. – disse Geraldo
– Loucura é perda de controle e de contato com a realidade, é o caso do Dante –
nesse momento eu tornei a olhar para fora e não vi Dante, não percebi quando
ele saiu, já tinha se transportado para outro lugar.
- E esquizofrenia,
o que é? – perguntei, abusando da paciência do profissional.
- Eis aí uma doença
tratada com desconhecimento e certo romantismo pela mídia, pela literatura e
pelo cinema, que incutiu na cabeça das pessoas que todos os esquizofrênicos são
psicopatas. Na verdade a maioria dos esquizofrênicos são neutros e não
violentos - respondeu Geraldo com certa
ênfase.
- Já vi vários
filmes que mostram esquizofrênicos como gente com várias personalidades – eu
disse.
- Sim, é isso que
significa a palavra esquizofrenia, divisão, uma parte da pessoa enxerga a
realidade enquanto outra, através de alucinações e delírios, ouve, enxerga e
sente um mundo alterado. O esquizofrênico real confunde esses dois mundos e
fica preso ao mundo imaginário.
- Eles veem coisas
e ouvem coisas? É isso? – perguntei.
- Sim – respondeu
Geraldo.
- Podem ser
espíritos, o Kardecismo chama isso de mediunidade – respondi com quase certeza.
- A ciência não
provou que espíritos existem, mas já constatou que quem acredita nesses
espíritos pode ser maluco e não consegue lidar de maneira equilibrada com a
realidade – disse o doutor convicto de sua ciência.
- Então de onde vêm
essas vozes? – perguntei.
- Das próprias
pessoas, os loucos, e uso essa palavra com respeito, amplificam o eco de seus
próprios pensamentos. Isso se torna enfermidade quando essa amplificação é
exagerada e não é discernida como vinda da própria cabeça. Esquizofrênicos têm
certeza que o que ouvem vem de fora, são vozes das pessoas, acusando-as, ou de
entidades, incentivando-as a fazerem coisas ruins – explicou o doutor.
- Por que essas
vozes não dizem coisas boas? – perguntei cético.
- Pois é, essa é a
questão, esse é mais um motivo desse transtorno psicológico ser uma enfermidade
- respondeu Geraldo.
Ele acabou de tomar
seu café, pagou os dois reais no caixa e saiu, no outro dia, na mesma hora, com
certeza eu poderia vê-lo novamente por lá.
Essa conversa com
doutor Geraldo foi meu quinto encontro, vi mais uma faceta da morte, talvez
pior do que o suicídio, já que a loucura rouba mesmo as forças para se cometer
um ato radical.
Aquela conversa me
deixou com uma indagação: eu estava louco? Não seria esse o motivo da minha
vida estar tão sem propósito, tão vazia?
Quando saí do bar
passei por um doidinho do centro, estava encostado na parede de uma agência
bancária, em frente a uma lixeira. Tive medo, ele xingava sei lá quem,
apontando os dedos para as pessoas, abaixei a cabeça e segui, mas num
determinado momento cruzei meu olhar com o dele. O que mais nos assusta é
encontrarmos um ponto em comum com alguém que desprezamos, isso faz-nos sentir semelhantes
ao objeto de repulsa. Quando o olhei parecia que seu espírito invadia meu
corpo, se apossava de mim.
Segundos depois,
quando descia a rua, passando em frente à catedral, me senti envergonhado por
ter repudiado aquele homem daquele jeito, por ter me sentido melhor que ele.
Quem era eu? Será que eu não me tornaria alguém igual? Patético que fui.
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“O rei ainda estava falando quando veio uma
voz do céu: A ti se diz, ó rei Nabucodonosor: O reino te foi tirado. Serás
expulso do meio dos homens e a tua morada será com os animais do campo; te
farão comer grama como os bois, e passarão sete tempos até que reconheças que o
Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer.
Na mesma hora, a palavra se cumpriu sobre Nabucodonosor: ele foi
expulso do meio dos homens e começou a comer grama como os bois, e o seu corpo foi
molhado pelo orvalho do céu, até que lhe cresceram pelos como as penas da
águia, e as suas unhas, como as das aves.
Mas ao fim daqueles dias, eu, Nabucodonosor, levantei os olhos ao
céu e voltou a mim o meu entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei e
glorifiquei ao que vive para sempre; porque o seu domínio é um domínio eterno,
e o seu reino é de geração em geração.”
Daniel 4.31-34
Nabucodonosor é uma
história ímpar da Bíblia, se o que ele experimentou foi doença mental,
depressão, esquizofrenia, uma insanidade que o alienou, ou se o que teve foi
uma possessão demoníaca, não podemos dizer com certeza. A certeza que temos é
que o que o levou a esse estado foi arrogância, a falta de temor a Deus, que
fez com que um rei, acostumado a luxo e riquezas, passasse a viver com um
animal.
O irado o é, doente
ou não, o inseguro doente pode tornar-se um inseguro louco, mas sano, ele
também é um inseguro. Fraquezas e enfermidades, sejam elas quais forem, nos
fragilizam e nos tornam mais passíveis de adquirir doenças mentais, mas não são
a causa principal delas. A grande causa de tudo é sempre o nosso orgulho.
Eu acredito, com
todas as forças do meu coração, que a existência, neste mundo ou no outro, não
é um caos, um jogo de sorte e azar, ou algo nas mãos de homens ou de demônios.
Deus tem tudo sob controle, e mesmo respeitando o livre arbítrio do homem, nem
tudo é permitido, e aquilo que se torna, o ser humano só experimenta quando
insiste muito em querer.
Os loucos? Aqueles
que por algum motivo perdem o contato com a normalidade? Esses não estão fora
da potente mão de Deus. Deus permite que cada um seja provado de acordo com
suas forças. Inocentes, sejam crianças ou enfermos, são protegidos por Deus.
Contudo, existe, sim, diferença entre um doente mental que teme a Deus, dentro
daquilo que suas capacidades permitem, um doente mental que não teme a Deus, e
uma pessoa que se deixa ser possuída por um anjo caído. Apesar de parecerem a
mesma coisa, esses casos representam três estados distintos de dificuldades
para se relacionar com a realidade.
Posso afirmar que
nem todo doente mental, nem todo esquizofrênico, fica endemoniado, mas todo
endemoniado se coloca num estado mental esquizofrênico. Se esquizofrenia é
divisão, dualidade, conflito entre uma visão normal da realidade e uma visão
delirante e alucinatória. O endemoniado prova isso, já que interpretação humana
normal se confunde com a visão do demônio que possui suas faculdades.
A mesma coisa
ocorre com o viciado em drogas, se torna esquizofrênico quando os psicotrópicos
controlam sua consciência (incluo nos viciados aqueles que se entopem de
remédios comprados em farmácia e receitados pela classe médica irresponsável,
repetindo, não por todos os médicos, mas pelos irresponsáveis).
Contudo, enquanto o
demônio pode ser expulso da pessoa pelo poder do nome de Jesus, sendo esse
estado mantido, pelo livre arbítrio do homem, o doente pode não ser curado
assim de maneira tão instantânea. Sim, em nome de Jesus podemos ser curados de
toda enfermidade, mas Deus não age assim em muitos casos.
Para certas
pessoas, a administração lenta de uma enfermidade, a vivência de anos com uma
doença, dependendo de medicação e de acompanhamento médico, pode moldar muito
mais se caráter, do que a experimentação de uma cura rápida. Isso também pode
acontecer com doenças mentais.
Se você sente-se
cansado com facilidade, se a dor que experimenta é grande e constante, mesmo
quando não está vivendo um problema real e significativo, se percebe que existe
em sua mente uma guerra frequente com pensamentos, com vozes, com acusações,
não, isso não significa que você esteja doente. Todos nós temos dores,
estresses, nos sentimos culpados e temos conflitos interiores. Mas na dúvida
procure um profissional da área médica, de preferência um psiquiatra. Se não
tiver nada, muito que bem, mas se for uma doença mental, o médico é a melhor
pessoa para diagnosticar a enfermidade e orientar ajuda.
Se você conhece
alguma pessoa com as características acima, aproxime-se dela, converse com ela,
sem preconceitos, mas leve-o a um psiquiatra. Doença mental não é algo para se
envergonhar, ela pode ser curada ou controlada, mesmo que seja uma enfermidade
diferente, pelo fato de prejudicar mais que outras enfermidades, a relação
social do doente.
Não menospreze os
sintomas, principalmente pelo fato de que se outras doenças podem ser
percebidas pelos doentes pela dor que causa, a dor afetiva não pode, ela é algo
mais complexo. Como é subjetiva, quem a sente, não tem consciência de até que
ponto ela é normal ou consequência de uma enfermidade.
Lembro que muitas
pessoas passam anos sentindo silenciosamente uma dor sem tamanho, elas dão
algumas dicas de que estão doentes, mas seus próximos não tomam nenhuma
providência. Num determinado momento, sem aviso, elas dão um fim em suas vidas,
cometem o suicídio.
Cristão, nem tudo é
demônio, nem tudo pode ser expulso e curado pelo nome de Jesus, não que Jesus
não tenha poder sobre tudo, mas em muitas situações Deus, em seus propósitos
que nos são desconhecidos, não age assim. Portanto procure ajuda médica
competente, ouça mais de uma opinião se for preciso, a ciência está bem
evoluída, hoje existem remédios sofisticados que podem representar para o
esquizofrênico a mesma cura que a insulina fornece para o diabético. Muitas
doenças mentais sérias são apenas desequilíbrios químicos, resolvidos com
medicação.
Ame as pessoas,
isso o aproximará delas e dará a você sensibilidade para conhecê-las e
auxiliá-las quando for necessário, mas acima de tudo tema a Deus, descanse
nele, não exija de você ou dos outros mais do que aquilo que Deus pede. A causa
de muitas doenças é a arrogância, o egocentrismo, de quem acha que tem agradar
a todos, convencer a todos, ser mais que todos, como desculpa mesmo para ser
espiritual. Na aceitação dos próprios limites, da impotência humana, existe
descanso e cura para todos os males.
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e
sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de
mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma.
Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.”
Mateus 11.28-30
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