“Senhor, tem
compaixão de mim, porque sou fraco; cura-me, Senhor, porque meus ossos estão
abalados. Meu ser está muito perturbado; mas tu, Senhor, até quando? Volta-te, Senhor,
e livra-me; salva-me por tua misericórdia. Pois na morte não há lembrança de
ti; na sepultura, quem te dará louvor?” (Salmos 6.2-5).
A vida com Deus transforma-nos em
músicos, caçadores de inspirações que nos levem a compor cânticos de louvor ao
criador. Cada luta, cada dor, cada dúvida, é uma oportunidade para que adoremos
a Deus por cada vitória, cada alegria, cada certeza que ele nos dá quando o
buscamos. Então, pra que morrer? Eis a oração que o filho amado deve fazer, não
o rebelde, mas aquele que sabe tocar o coração do pai com uma intenção sincera:
“Livra-me Senhor, não porque eu
ache injusta tua disciplina, não porque eu ache-a desnecessária, muito menos
porque eu considero tua atuação exagerada, não, meu Deus, eu confio em ti,
aceito a tua vontade, acredito de todo o meu coração que o Senhor sabe o que
faz, nos mínimos detalhes e em todo o tempo.
Mas meu Deus, eu peço que se
possível o Senhor abrevie meu sofrimento, sofrimento causado por mim mesmo, por
mais ninguém, eu admito, pela minha rebeldia, pelo meu egoísmo, pelas minhas
vaidades, abrevie senão eu perecerei, e que vantagem tem para ti um morto?
Um morto não pode louvá-lo, não
pode contemplar a beleza da tua santidade, a profundidade de tua sabedoria, e
te adorar, já que outro motivo maior não existe para minha vida do que te
adorar. Na adoração há vida, e eu, pequeno e pecador como sou, recebi de ti a mais
precisa das ferramentas de adoração: a música.
A música, contudo, não são as
notas musicais, o sincronismo de ritmos, as sonoridades de instrumentos e
vozes, a música que mais te agrada é a alma limpa e totalmente focada em ti,
alma-espelho da tua presença, que vivencia o céu dos céus, habitação da tua
majestade, mesmo na limitação da existência encarnada.”
Um pedacinho de infinito é
menos infinito que o todo? Esse é o privilégio que o Senhor concede aos salvos
em Cristo, compor com ele, o Rei dos Reis, uma sinfonia única, universal,
eterna, a mais excelsa de todas as canções, que soará pelos séculos dos
séculos, cada homem funcionando como uma nota, um som, e todos perfeitamente
harmonizados numa vida eterna.
“Também ouvi todas as criaturas que estão no céu, na terra, debaixo da
terra, no mar e tudo que neles existem, dizerem: Ao que está assentado no trono
e ao Cordeiro sejam o louvor, a honra, a glória e o domínio pelos séculos dos
séculos!” (Apocalipse 5.13).
Todas as citações bíblicas usadas foram retiradas da
Bíblia versão Almeida Século XXI da Editora Vida Nova
José Osório de
Souza, 16/06/13, Itu/SP
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