“O que aquela maluca
estava fazendo em cima do muro daquela casa? A gente sempre se vê no domingo de
manhã, hoje ela não apareceu. Liguei pra ela e a mãe disse que ela não tinha
dormido lá. Vou até aquela casa, sei lá, alguma coisa está me mandando ir, mas
antes tenho que ver Sandra.” Daniela conhecia as ruas do centro, sentia-se bem
andando por elas, melhor do que em casa com a avó. De dia ela trabalhava na
gráfica, tirando fotocópias e atendendo no balcão, mas era desculpa para que o
sol se pusesse mais rapidamente, enquanto ganhava alguns trocados para as
cervejas com Sandra.
Quando se cresce
assim, sem o sexo que os outros esperam que você tenha, sofre-se a
marginalidade da maneira mais doída, vê-se repudiado seu desejo mais íntimo, a
identificação de sua essência. A avó nem esperou que ela menstruasse, arrumasse
barriga e fosse para o meio do mundo, como a filha que tinha dado a luz à neta.
Na verdade, a avó não esperava nada da neta, apenas que trabalhasse e pagasse o
pão de cada dia.
Ela tinha crescido
assim, sem um incentivo, sem um afeto, pior que bicho, já que o cachorro a
velha tratava bem, dormia dentro de casa, tinha comida em horários estabelecidos,
recebia banho duas vezes por semana. Dani dormia na rua e quando voltava pra casa,
a avó não dizia nada, parecia se incomodar, não pela ausência da neta, mas pelo
retorno dela.
A avó tinha seus
rolos, de quando em quando algum velho solitário vinha dormir por lá, passava
alguns meses, mas depois ia embora. O último, um motorista de ônibus, chegava
bêbado e saía antes do sol nascer. Ninguém permanece com alguém que divide
cama, mas não divide o coração, cama se usa e se troca, o coração guarda para
sempre aquilo que é dado com amor, aquilo que não pode ser comprado. Dani já
era a terceira geração na família de mulheres sem alma, sem família, sem homem,
mas ela fazia algo que sua mãe não tinha conseguido fazer, suportava sua avó.
A escola ela
terminou graças à irresponsabilidade de um governo que passa todo mundo de ano
para ficar bem nas estatísticas da UNICEF, foi lá, em meio a tantos jovens sem
deveres, mas sempre exigindo direitos, que Daniela tinha virado mulher.
Brigando com meninos, desconfiando de professores, ameaçando diretores,
roubando carinho de outras meninas, que nem eram como ela, mas que queriam o
abraço de alguém. Dani sabia se aproveitar das carências alheias, foi assim que
ela tinha conhecido Cíntia, mas com essa, aquilo que começou como uma ficada
acabou se tornando uma amizade verdadeira.
Naquele domingo à
noite, a praça estava fria, a tribo se amontoava nas escadas do coreto. Aquele
lugar era das meninas, não viessem skatistas ou emos querendo-o para manobras
ou manhas, se bem que um confronto físico de vez em quando era bom para aliviar
o estresse. Um violão era passado de mão em mão e os mesmos três acordes
tocavam músicas distintas por gente diferente, mas com o mesmo coração. “Vou deixar a rua me levar, ver a cidade se
acender, a lua vai banhar esse lugar, eu vou lembrar você.”
- Adoro essa mulher
– disse Dani, depois que a canção tocou na hora errada.
A música sempre
toca na hora certa, já que ela sempre evoca em nós emoções sinceras, aquelas
que são revividas por experiências realmente marcantes, mesmo que nem sempre
agradáveis. Portanto, às vezes traz memórias que queríamos que ficassem
guardadas. Mas quem pode segurar a força de uma canção? Ela tem vida própria,
as músicas caminham nas asas de espíritos, bons e ruins. Há de se ter cuidado
com aquilo que se canta, em alguns casos é melhor que nem se cante, se o
fizermos, seremos possuídos pelos espíritos que sopraram a composição nos
ouvidos do compositor, já que esse também ouviu a música, ele não a criou. A
primeira audição de uma canção é sempre espiritual, depois então passa de boca
em boca, mas sempre carregando consigo os espíritos, sejam demônios, sejam
anjos.
- Mulherão, e que vozerão
– disse Jackeline, enquanto acarinhava os curtos cabelos da namorada.
- Tem show da Ana
em Sorocaba? – disse Sandra, deitada no colo de Daniela. Sandra não precisava
dizer muitas coisas na maior parte do tempo, sempre estava presa as suas visões
interiores, o mundo de sua cabeça era bem mais forte que aquele que acontecia
na frente de seus olhos. Dani gostava desse isolamento, que às vezes era
reclamado por fortes dores de estômago. É assim, alguns dão tapas na cara dos
outros, outros sofrem de gastrite, nenhuma dor, contudo, pode ser transcendida,
não sem Deus.
- Estou sem grana –
disse Dani.
- A gente nunca tem
grana – respondeu Sandra.
Um policial passou
pelo grupo, ele parou por um momento, olhou-as, desprezou-as em seu coração,
achou-se melhor, achou-as indignas. Ele não percebeu diferenças entre elas,
suas roupas, seus cortes de cabelo, o jeito de cada uma delas olhar, pareciam
todas iguais. Igual, porém, era a alma daquele homem, vulgar, fundida pela
violência e maldade da vida marginal, um homem bruto. Era esse o tipo de homem
que era repudiado pelas meninas, que lhes entregava o álibi para que elas
continuassem a ser o que eram, era a desculpa que as fortalecia diante de tanto
preconceito. Mas elas também estavam enganadas sobre elas mesmas, na verdade
elas não precisavam de álibi, precisa-se de desculpa para amar? Para se
entregar de corpo e alma a um par e encontrar nele a única felicidade real que
se pode ter num mundo longe de seu criador?
Iguais, elas não
eram, eram seres humanos, distintos, não queriam naquela maneira de se vestir e
de se portar mais do que queriam as burguesinhas, filhinhas de papai, todas com
o mesmo corte de cabelo, com as bolsas da mesma marca, com os iPhones do último
modelo, com shorts minúsculos e saltos altos para poderem conquistar rapazes.
Esses eram clones de um ser estúpido e nojento malhado em academias, com um
cérebro minúsculo e com membros menores ainda, mas com um ego do tamanho dos
carros que possuíam, invadindo a decência e a sensibilidade alheias com música
de bandido numa altura de som que era ouvido até pelo capeta nos quintos dos
infernos. Ninguém é igual, mas se faz de igual para ter proteção e respeito,
assim eram com esses rapazes, assim eram com suas minas, assim eram com as
meninas do coreto num domingo à noite.
Meninas bonitas
habitavam os corações de Jack, de Dani e de suas companheiras, garotas tão
bonitas quanto as burguesinhas, com anseios, com medos, com gostos, contudo,
elas, diferentes das burguesinhas, precisavam ter cautela. O mundo se fazia
inimigo delas, pelo que elas eram? Pelo que elas tinham se tornado? Pelo que
tinham feito delas? Não sei, só sei que elas queriam amar, e muito, e o amor
delas não era pela metade, como das burguesinhas, quando elas se davam se davam
por inteiras.
Quando o policial foi
embora, Jack acendeu um baseado, o sagrado do domingo à noite. Aspirou a fumaça,
segurou-a e a soltou devagar.
- Ontem não desceu
nada lá no centro – disse Jackeline enquanto passava o beck para Dani.
- Não acredito
naquilo não, eles enchem a cara de pinga e depois saem falando besteira – disse
Daniela incrédula.
- Não brinca com
essas coisas, – disse Jack – eu tenho o corpo fechado, nada me atinge.
- Isso só pega em
quem acredita – disse Dani.
- Já vi neguinho
morrer com trabalho feito – disse Jack.
- O cara já devia
estar com os dias contados, minha avó, que nunca me fala nada, me disse pra eu
ficar longe dessas coisas. Se não desceu nada é porque deveria ter crente
orando contra.
- Como você sabe
disso? – disse Jack.
- A Cíntia me
falou, o cara da mãe dela é crente – disse Daniela.
- A Cíntia foi lá
comigo, um dia desses – disse Jack.
- É? - disse Dani.
- Ela queria ajuda
com aquela treta dela – disse Jack.
- A Eliza voltou
para o interior – disse Dani.
- O papo foi reto,
lá com a mãe do santo, coisa séria, falando nisso, cadê a Cíntia? – disse
Jackeline, matando o último teco do baseado.
- Também não sei,
estou preocupada com ela, fiquei sabendo que ela alugou uma arma – respondeu
Dani, guardou com ela a informação que tinha seguido a amiga no sábado à noite e
a tinha pego invadindo uma casa estranha.
- Estou com fome –
disse Sandra pedindo da namorada atenção.
- Vamos ao posto lá
embaixo – disse Dani.
Os dois casais mais
o violão eram caminhados pelas ruas, esquentados por um luar que só conforta
corações especiais, que encontram nas ruas vazias da noite da cidade a
companhia que o mundo nega embaixo do sol. Quando elas pegaram a esquerda, num
cruzamento, havia um carro estacionado, com as portas abertas. Um carro negro,
de vidros escurecidos, um bem caro que não fazia parte do mundo das meninas.
Encostada à parede, uma jovem de menos de vinte anos, chorava, um choro que
queria ser de mulher, mas era de criança. O camarada, de quase trinta anos,
expondo toda a virilidade desnecessária para quem é homem de verdade, de braços
cruzados, tentava explicar o inexplicável.
- Eu não fiz nada –
dizia ele.
- A Michele disse
que viu você beijando aquela biscate – dizia a menina.
- Mentira – ele
insistia.
- Nunca fiquei com
ninguém depois que começamos a ficar juntos – ela lamentava.
- Vamos embora –
disse ele, dando a volta no carro.
- Não vou – ela
resolveu.
- Vai sim – disse
ele, voltando e pegando o braço da jovem.
- Meu deixa aqui –
disse ela, tentando se segurar.
- Merda, vamos
embora – disse ele insistindo na truculência. Dani se meteu na história.
- Cara, a mina não
quer ir – disse Dani, olhando o cara de cima.
- Meta-se com sua
vida – disse ele, tentando arrastar a menina pelo braço.
- Está me
machucando Diego – disse a jovem.
- Larga ela – disse
Dani. O cara largou a menina e foi pra cima de Dani.
Foi um golpe só,
Dani atingiu o cara no saco, que encurvado recebeu de Dani um empurrão e caiu
ao chão. A moça veio correndo.
- Diego, você está
bem? – disse ela.
- Caracas – disse
ele.
- Suas grossas –
disse a menina para Daniela.
A jovem ajudou o
cara a se levantar, entraram no carro e foram embora.
- Trouxa, gosta é
de apanhar – disse Jackeline.
As meninas foram
até o posto, compraram alguns saquinhos de salgadinhos e sentaram-se na calçada
para comer.
- Preciso ver o que
está acontecendo com Cíntia – disse Dani. Sandra encarou-a sem dizer uma
palavra.
- A mãe de santo
falou em morte – disse Jack.
- Como assim? –
perguntou Daniela.
- Foi o que os
santos pediram para que ela conseguisse o que estava pedindo – disse Jack.
- Você é louca, não
tem noção? – disse Dani.
- E daí? Deve ser
mais um otário que marcou bobeira, marcou tem que morrer mesmo – disse Jack
friamente.
- Você vai atrás da
Cíntia, não é Dani? – manifestou-se Sandra.
- Vou – disse Dani.
- Às vezes acho que
você se importa mais com ela do que comigo – verbalizou Sandra seu ciúme.
- Você está sempre
comigo, não se mete em encrenca, a Cíntia não tem ideia das coisas com as quais
se mete. Nunca deveria ter ficado com a Eliza, mulher mais velha, riquinha. Mas
meu lance com você não é o mesmo que o que tenho com Cíntia – disse Dani.
Dizendo isso,
Daniela deu um beijo em Sandra e foi embora. O que Dani sentia por Cíntia era
uma afeição quase que materna, uma amizade forte demais. O coração humano tem
esses compartimentos, em alguns ficam a maior parte das pessoas, são quartos
nos quais a gente entra e sai, sem perder muito tempo.
Um quarto em
especial nós colocamos nossa cama, nele nós compartilhamos nossa maior
intimidade com alguém muito exclusivo. Não que com essa pessoa nós nos
descubramos totalmente, mesmo com ela nós nos guardamos, assim como ela se
guarda de nós. Mas com essa pessoa nos tornamos um, por ela não queremos o bem
do outro, mas o bem que desejamos para nós mesmos já que ela faz parte de nós.
Contudo, alguns
outros quartos, nós reservamos para amigos, amigos especiais. Essas são as
relações que mais se aproximam da amizade que temos com Deus, na verdade essas
relações são ligações espirituais, e não carnais. Não fazemos sexo com amigos,
não compartilhamos o corpo, também não sentimos ciúmes deles, ao contrário, os
amigos torcem sempre para que seus verdadeiros amigos se deem bem, sejam
felizes, se encontrem.
É difícil explicar
o que é uma verdadeira amizade, e muitos, por ingenuidade, querem melhorar boas
amizades levando-as para uma relação de casamento. Isso é um erro, é como
tentar segurar um pássaro com as mãos, passarinhos foram feitos para voar, presos
eles padecem. Não devemos nos casar com verdadeiros amigos, e amantes, por sua
vez, nunca serão nossos melhores amigos, não sempre. Em alguns momentos é bom
que vejamos nossos amantes como amigos, mas isso não pode perdurar. Se
insistirmos em sermos apenas amigos de nossos amantes, acabaremos quebrando a
relação do casamento.
Seja como for,
definir relação, limitá-la, mesmo entendê-la com profundidade, é impossível.
Colegas, amigos, amantes, família, avós, pais, irmãos, maridos, esposas e
filhos, é tudo muito complicado, eis aí o maior desafio da vida, relacionar-se
com as pessoas. Talvez o homem exista, em sua essência, como um ser solitário,
que só pode ser entendido e saciado, plenamente, por Deus, nada e nem ninguém
pode substituir aquilo que só Deus pode dar.
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“Depois que Davi terminou de falar com Saul,
Jônatas se tornou muito amigo de Davi; e Jônatas o amou como a si próprio. Daquele
dia em diante, Saul o manteve consigo e não permitiu que voltasse para a casa
de seu pai.
Então Jônatas fez um acordo com Davi, porque o amava como a si
mesmo. Jônatas tirou a capa que vestia e a deu a Davi, como também sua
armadura, e até mesmo sua espada, seu arco e seu cinto.”
I Samuel 18.1-4
Talvez a relação
entre Davi e Jônatas seja única em todas as sagradas escrituras, onde um amor
entre homens (e não entre homem e o próprio Deus, como ocorre entre o apóstolo
João e Jesus) é colocado com relevância diferenciada, com tamanha extensão, com
tal fidelidade e tanta exclusividade. Um amor real, comparável aos dos
personagens do dramaturgo mais influente do mundo, o inglês William Shakespeare,
um afeto que não era para existir já que insistiu em ser entre um rei prometido
por Deus e um o filho de um rei deposto por Deus, perseguidor do prometido.
Como dentro de uma casa onde o ódio por alguém era declarado podia haver um
amor tão especial pelo mesmo alguém? Isso só podia ocorrer porque não era um
amor comum, amor de homem, mas amor de Deus, mais do que de amante ou por laços
de sangue, mas por um amigo especial, um irmão espiritual, essa era a
verdadeira relação entre Jônatas e Davi.
Dizem os teóricos
que precisamos pensar bem antes de amar alguém, eles ensinam que o amor é algo precioso
demais, não deve ser entregue a qualquer um, em qualquer tempo. Isso pode
acontecer com pessoas resolvidas, mas sem carência, alguém se entrega? Não, sem
carência todos seriam misantropos, ausentes neste mundo, distantes dos
semelhantes, arrogantes filantropos ocupados em alcançar níveis superiores num
hierarquia espiritual inventada. Além do mais, não existem pessoas resolvidas neste
mundo, não sem Deus. O que move o amor é a carência, é essa sempre se manifesta
apaixonadamente, impulsivamente procurando uma chama que esquente sua fria
solidão.
O amor se vive, não
se pensa, não se projeta, e depois, se arrepende, por ter-se dado
desmedidamente, incondicionalmente, foi assim e sempre será. Os covardes, os
mesmos que tecem teorias para controlar a vida dos outros, falam sobre o amor,
escrevem sobre o amor. Os carentes o experimentam, sem copo e sem concha, nem
as mãos usam, metem a cara dentro das águas da paixão e a sugam sem pudor. Toda
a imagem que se cria na cabeça sobre o amor é esquecida quando a paixão nos
toma e nos faz reféns de um desejo maior que a própria vida.
A única coisa que
tem controle sobre a paixão é a própria paixão, uma paixão maior que a
primeira, que arrebata o vento com uma tempestade, que inunda o riacho com um
mar, que queima a chama de uma vela dentro da boca de um vulcão. Vivendo assim,
todavia, de paixão em paixão, o homem caminha para a perdição, porque uma
paixão sempre precisará de outra maior para ser aplacada. A paixão é vício, mais
doce das drogas e somente a maior de todas as paixões pode aplacar todas as
demais, e ainda assim manter o coração do homem saciado. Que paixão é essa? A
paixão de Deus.
Jesus é a paixão de
Deus, que arrebata o coração do homem da perdição, da carência sem fim, da
obsessão de querer e de querer, sem nunca merecer, sempre mais prazer, sem, contudo,
se render. Nosso coração só se rende a Deus, só apaixonado por ele é que
podemos nos apaixonar pelas pessoas sem matar e sem morrer, sim, porque na paixão
sem Deus não há vida, só morte. Em Deus nos satisfazemos e satisfeitos não
buscaremos nas pessoas aquilo que só Deus pode nos dar.
Tornamos-nos assassinos
quando queremos amar sem Deus, já que buscamos obstinadamente o próprio Deus no
coração de outro ser igual a nós, nessa impossibilidade matamos a criatura
tentando estendê-la para caber o criador. Talvez esse seja o pecado por trás de
todos os pecados, substituir o lugar que só Deus pode ocupar, acreditando no objeto
de um amor incondicional dentro de um ser absolutamente relativo, condicionado
a tudo.
Somos seres
intrinsecamente mutáveis, tão pouco pode modificar nosso humor, desestabilizar
nossas certezas, abalar nossa paz, desde o atraso de um colega a um compromisso
até as alterações climáticas de uma nova estação. Deus é ao mesmo tempo
imutável e flexível, não à moral, nisso ele é sempre o mesmo e reto, mas a
nossa humanidade, já que nos ama e nos entende sempre. Deus sempre cabe em
nossos corações, visto que seu Espírito não é pedra, mas água, fontes de águas
vivas.
Não existe amor
fora de Deus, sem Deus o que há é obsessão e descrença, que gera insanidade e
egoísmo. O amor de Deus através de Jesus nos coloca numa posição segura, acima
das paixões da carne, acima da solidão, acima da dor, seja ela qual for.
Somente abrigados assim podemos experimentar o verdadeiro amor, e o trocarmos
com as pessoas, sem nos sentirmos lesados ou explorados. O amor de Deus não tem
fim à medida que se renova com o perdão perfeito que é dado e recebido. Perdão
nos deixa sempre apaixonados, visto que o amor de Deus não envelhece, é sempre
fresco.
“Mas Deus, que é rico em misericórdia, pelo
imenso amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos pecados,
deu-nos vida juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), nos ressuscitou
juntamente com ele, e com ele nos fez assentar nas regiões celestiais em Cristo
Jesus, para mostrar nos séculos vindouros a suprema riqueza da sua graça, pela
sua bondade para conosco em Cristo Jesus.”
Efésios 2.4-7
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